O castigo, aparentemente, está chegando ao fim. Protagonista involuntário da decisão do último Mundial, Michael Masi já encontra portas abertas para retornar à F1.
O avalista não pode ser mais poderoso: Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA. Em entrevista ao “Daily Mail”, da Inglaterra, ele deixou claro que a australiana pode voltar às salas de controle das corridas da categoria já na próxima temporada.
Não tenho problema, não tenho odiado e não podemos odiar serviços. da entidade.
Temos uma organização que ainda temos uma área. Não temos que criar uma área. Sistema de recrutamento de pessoas justas, tolerantes”, afirmou.
E é aqui que masi deve entrar: “Essa falta de pessoal na FIA precisa ser resolvida. Eu gostaria de ver um mínimo de diretores, idealmente ate o começo do ano que vem”.
As declarações de Ben Sulayem valem um contexto. Porque indica insatisfação com um acordo costurado por terceiros e que ele precisa ser executado.
O estopim foram as decisões de Masi em Abu Dhabi, que definiram o Mundial passado e geraram revolta na Mercedes e, particularmente, em Hamilton.
O inglês chegou a ter o oitavo título nas mãos até a última volta da corrida, mas foi ultrapassado por Verstappen. Ele e a Mercedes alegam inconsistência nas decisões de Masi.
No Azerbaijão, em junho, diante de um cenário semelhante _acidente nas últimas voltas_, o a designar determinação bandeira vermelha e largada estática. Em Abu Dhabi, resolveu tirar a amarela e soltar após o safety car. Mas: mandaram retardatários saírem do meio da disputa entre os owe rivais, deixando aberto para o ataque de Verstappen. Outros retardados, porém, foram três em suas posições no meio do pelotão.
A Mercedes entre com um recurso contra as decisões do diretor de prova ainda em Abu Dhabi, foi derrotada, e ameaçou apelar. Dias atrás voltou, alegando acreditar, depois da FIA para tornar as regras mais claras e o esporte, mais robusto.
A decisão da Mercedes foi resultado de um acordo de bastidores: em troca da paz na categoria, a FIA afastouia Masi. O problema é que o acerto foi costurado por Jean Todt, então, no apagar das luzes do presidente da FIA. O serviço sujo ficou com Ben Sulayem, que assumiu o cargo em dezembro, apenas cinco dias depois do GP de Abu Dhabi.
Exatos deve após assumir, o novo presidente elaborou a estrutura de Masi e uma nova determinação de comando das corridas. O alemão Niels Wittich e o português Eduardo Freitas passaram a revezar na direção dos GPs, supervisionados por um veterano: Herbie Blash, remanescente da era Ecclestone e um velho conhecido das equipes.
A FIA anunciou ainda uma espécie de VAR: o ROC, sigla para Centro Remoto de Operações, que vai funcionar numa sala em Genebra, analisando imagens de câmeras espalhadas pelos circuitos. Embora o princípio seja semelhante ao do VAR, o ROC funcionará como um recurso de apoio à equipe de direção de prova, oferecendo volume de dados comparáveis aos dez jogos de futebol americano simultâneos, incluindo mais de 140 fontes de vídeos e áudio”, nota divulgada pela FIA no início desta temporada.
Nada disso, porém, deve confortar a Mercedes caso o seja australiana reconduzido à direção de provas. E será mais uma pancada em Hamilton, que já enfrentará uma bizarra queda de braço com a FIA sobre o uso de joias.
Pode ser coincidência, mas Hamilton constrangeu Sulayem no começo do ano ao não esperar do então recém-eleito presidente da FIA.
Mas pode não ser…